Programação

segunda-feira, 15 de abril de 2024

8 - SERVIÇO DE REDES

 






Protocolo DHCP


DHCP -  Dynamic Host Configuration Protocol 

DHCP - protocolo de configuração dinâmica de Hosts
  
O protocolo DHCP é um protocolo da rede de arquitetura cliente/servidor que atribui automaticamente a cada dispositivo (host) um endereço IP e outras informações de configuração relacionadas, como a máscara de sub-rede e o gateway padrão.

O Windows Server 2019 inclui o Servidor DHCP

(Deverá ser instalado o servidor DHCP no Windows Server)

Um servidor DHCP é um dispositivo de rede que atribui automaticamente endereços IP e outros parâmetros de configuração de rede a  cada um dos dispositivos clientes em uma rede.

Por que usar o DHCP?

Cada dispositivo em uma rede baseada em TCP/IP deve ter um endereço IP unicast exclusivo para aceder à rede e seus recursos. 

Sem o DHCP, os endereços IP para novos computadores ou computadores movidos de uma sub-rede para outra devem ser configurados manualmente.


Benefícios do DHCP

O DHCP oferece os seguintes benefícios.

  • Configuração do endereço IP confiável  O DHCP minimiza os erros de configuração causados pela configuração manual de endereço IP, como erros tipográficos ou conflitos de endereço causados pela atribuição de um endereço IP a mais de um computador ao mesmo tempo.

  • Administração de rede facilitada. O DHCP inclui os seguintes recursos para reduzir a administração de rede:

    • Configuração de TCP/IP centralizada e automatizada.

    • A capacidade de definir configurações de TCP/IP de um local central.

    • A capacidade de atribuir um intervalo completo de valores de configuração de TCP/IP adicionais por meio de opções DHCP.

    • O tratamento eficiente de alterações de endereço IP para clientes que devem ser atualizados com frequência, como aqueles para dispositivos portáteis que se movem para locais diferentes em uma rede sem fio.

    • O encaminhamento de mensagens DHCP iniciais usando um agente de retransmissão DHCP, o que elimina a necessidade de um servidor DHCP em cada sub-rede.



 DNS (Domain Name System)

Um servidor DNS é um dispositivo que tem instalado o serviço DNS (Domain Name System) e é responsável por traduzir o nome do servidor em IP e vice-versa



Configurar um servidor DNS

Para que o DNS funcione corretamente, é necessário que o servidor tenha ponteiros nas zona direta e reversa configurados corretamente entre nome e IP.

Para configurar a Zona Direta (Forward Lookup Zones), abra e confira se o ponteiro contem o nome e IP do servidor:






Configurar servidor Web






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VIRTUALs HOSTs com o APACHE





Virtual Host

Um Virtual Host é um servidor virtual, dentro de um mesmo servidor web.

 Virtual Hosts permitem criar vários domínios de websites num único servidor web. 



Vantagens de usar um Virtual Host

possibilidade de testar ou alojar vários websites ao mesmo tempo no mesmo servidor web

-  economizar os custos com servidores.



SERVIDOR WEB

Um Servidor Web permite alojar  websites internos ou externos, em linguagem HTML (CSS e JS) e ASP (Active Server Pages) ou PHP, sem ou com acesso a base de dados (SQL).


SERVIDORES WEB
IIS Internet Information Services - Microsoft
  • APACHE
  • NGINX




Quando iniciamos nosso servidor Apache, acedemos no navegador o localhost ou 127.0.0.1 .
Se tivéssemos 2 projetos (websites distintos), precisaríamos de aceder a cada um dos projetos localhost/restaurante/  e localhost/noticias/, por exemplo.


Configurar virtual Hosts com o APACHE no Windows 

com a criação de virtual hosts, precisamos de criar domínios diferentes e configurá-los.

Vamos criar dois projetos ao mesmo tempo:
      um website de um restaurante e um website de notícias.
 
Considerar um servidor remoto que vai alojar os 2 projetos:
vamos criar 2 virtual host distintos com domínios diferentes e configurá-los, por exemplo, como  restaurante.com.pt e  noticias.com.pt 



Configuração de Virtual Hosts no XAMPP 

Vamos criar Virtual Hosts no Windows, com a ajuda do XAMPP

1.    Alterar o arquivo “httpd-vhosts.conf

 



      Em seguida, abrir o ficheiro httpd-vhosts.conf e adicione no final do ficheiro um novo host virtual (VirtualHost) 
  
A   A estrutura básica de um Virtual Host é a seguinte:

<VirtualHost *:80>
	ServerName www.meuprojeto.com 
	ServerAlias meuprojeto.com 
	DocumentRoot "caminho_para_o_projeto"
</VirtualHost>


Definimos a porta 80 pois ela é a padrão para aceder ao website  na Web, representa o protocolo HTTP
 
1 - ServerName. Representa o nome do domínio que iremos usar para aceder o projeto.

2 - ServerAlias. Cria um apelido para o servidor, ou seja, um nome alternativo que irá redirecionar a requisição para o domínio principal 

3 - DocumentRoot. Define o caminho dentro de nosso computador onde se encontra guardado o projeto 


<Directory "caminho_para_o_projeto">
	Options Indexes FollowSymLinks Includes ExecCGI
	AllowOverride All
	Require all granted 
</Directory>


EXEMPLO


outro virtualHost


DocumentRoot é uma diretiva de configuração usada no servidor web Apache para especificar o diretório raiz do website 

A pasta do meu website está localizada no caminho C:\xampp\htdocs\SA_PAP

O nome atribuído ao domínio do meu site, conhecido como ServerName é anastraistari.local


Alteração ficheiro hosts 

 Precisamos fazer uma pequena alteração em um ficheiro de configuração hosts do Sistema Operativo 

 O ficheiro hosts fica armazenado em C:/Windows/System32/drivers/etc/hosts 



Quando escrevemos o domínio do website no Browser, o Windows vai procurar esse domínio em nosso servidor.

 Assim, basta adicionar essa linha:

127.0.0.1	www.meuprojeto.com


                                               127.0.0.1 anastraistari.local 



Reiniciar o Apache

 

Reinicie o Apache no Xampp clicando em "Stop" e depois em "Start".


Abrir Browser e escrever domínio 




quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Modelo OSI e Meios de Transmissão

 
3. MODELO OSI

O modelo OSI ( Open Systems Interconnection ) está dividido em 7 camadas  (1983)

Objetivo: ser um modelo padrão de comunicação entre dispositivos 




FUNCIONAMENTO DAS CAMADAS 




PRINCIPAIS FUNÇÕES DE CADA CAMADA
  • Aplicação 
    • Fornece serviços às aplicações do utilizador, com envio e receção de dados através das respetivas aplicações.
    • protocolosWEB (HTTP, HTTPs)  
                              Email (SMTP, IMAP, POP)
                              Transferência Ficheiros ( FTP, SFTP, FTPS)  
                               Serviço de Domínio (DNS) ...
                      

  Apresentação 
    • Formatação de dados, formato de ficheiros e compressão de dados e trata da Criptografia (Encriptação/Desencriptação).
    • Assegura a compatibilidade entre camadas de aplicação de sistemas diferentes
    • Formatos (jpg, mp3, doc , zip, ...)

  • Sessão 
    • Controla (estabelece, faz a gestão e termina) a conexão entre as duas aplicações entre as duas máquinas.

  • Transporte 
    • Controlo de transporte de dados ou fluxo de informação, segmentação e controlo de erros
    • protocolos (TCP e UPD)

  • Rede 
    • Endereçamento lógico
    • Faz o encaminhamento (routing) de pacotes de dados
    • Routers

  • Ligação de Dados
    • Endereçamento físico (MAC)
    • Controla o acesso ao meio físico de transmissão e controlo de erros 
    • Switches 

  • Física 
    • Define as características do meio físico de transmissão da rede, conectores, interfaces, tipo de modulação de sinais, tipo de codificação,
    • define a comunicação é bidirecional full duplex ou half-duplex.
    • cabos, wireless 

ENCAPSULAMENTO DE DADOS

Cada camada superior faz uso dos serviços da camada inferior e presta serviços à camada diretamente acima

Quando uma camada recebe dados da camada imediatamente acima, a existência de um protocolo obriga à adição de informação de controlo sendo obtido um (PDU – Protocol Data Unit /Unidade de dados de protocolo ), que é enviado para a camada imediatamente abaixo

O formato uma parte de dados assume em qualquer camada é chamada de unidade de dados de protocolo (PDU).
 
Este processo de adicionar informação ao passar pelas diversas camadas chama-se encapsulamentoNo lado do receptor, o processo é inverso (desencapsulamento)

  • Dados PDU usada na camada de aplicação

  • Segmento – PDU da camada de Transporte

  • Pacote PDU da camada de rede

  • Quadro – PDU da camada de Ligação de dados

  • Bits – uma PDU da camada física usada na transmissão física de dados pelo meio físico








MODELO TCP/IP   

 modelo simplificado de 4 Camadas




MODELO OSI versus MODELO TCP/IP





















4.1. Meios de transmissão guiados (cabos) 

Os cabos usados em redes podem ser de dois tipos: eléctricos ou ópticos

Cabos eléctricos (cobre)

  • cabos de Par entrançado 
                são os cabos mais utilizados nas redes locais. 

Atualmente há 3 tipos: 
UTPUnShielded Twisted Pair - cabo de pares entrelaçados sem blindagem para espaços interiores. 
Sem malha de proteção contra ruídos externos (máximo de 100 m com velocidades de 10 Mbp, 100 Mbp ou 10 Gbp). 

F/UTP (FTP
Cabo totalmente blindado por folha condutora (Foil - F) com pares trançados mutuamente não blindados (UTP). Este cabo é muito semelhante ao cabo UTP básico com a adição de folha, principalmente alumínio, sob a bainha plástica principal do cabo.


STPShielded Twisted Pair - cabo de par entrançado blindado, usado no exterior.
 Com malha de proteção (blindagem) e consequentemente maior imunidade ao ruído (máximo de 150 m com velocidades de 10 Mbp, 100 Mbp ou 10 Gbp)



 Padrões de categorias atuais para cabos de par entrançado:

  • CAT 3  – 1 MHz, 10 Mbps
  • CAT 5/5e  – 100 MHz, 100 Mbps
  • CAT 6  – 250 MHz, 1 Gbps
  • CAT 6a (CAT6 Advanced, padrão TIA reconhecido) –   500 MHz mínimo, 600 MHz máximo, até 10 Gbps
  • CAT 6e (CAT6 Enhanced, NÃO é um padrão TIA reconhecido ) – 500 MHz mínimo, 550 MHz máximo, até 10 Gbps
  • CAT 7 – 600 MHz, 10 Gbps
  • CAT 7a  – 1000 MHz, 10 Gbps+
  • CAT 8 – 2.000 MHz, especificação mínima de 25 Gbps, máximo de 40 Gbps


Variantes de cabos CAT6 / CAT7 / CAT8

O cabo CAT de rede possui várias propriedades que podem ser aplicadas a qualquer categoria de cabo. Os cabos CAT podem ter qualquer uma das propriedades abaixo:

  • Par trançado não blindado (UTP) ou par trançado com folha (FTP) ou STP (par trançado blindado) ou SFTP (par trançado blindado e foilado) ou SSTP (par trançado blindado blindado)

É mais difícil trabalhar com cabos Ethernet STP e FTP porque a blindagem extra o torna mais espesso e rígido e porque a necessidade de manter a blindagem intacta torna o cabo mais frágil.

cabo UTP com conector RJ45

Curiosidade
os condutores vão entrelaçados aos pares de condutores, consegue-se reduzir em cerca de 80% o ruído eletromagnético provocado por outros aparelhos elétricos. O ruído eletromagnético está presente em todo o tipo de equipamento elétrico, e se o valor for excessivo, o sinal que circula no cabo que transmite os sinais da comunicação pode ser distorcido, provocando defeito na comunicação. Este problema é tanto mais sensível quanto maior é o comprimento do cabo e maior a velocidade de transmissão dos sinais

  • Cabo coaxial
  O cabo coaxial é formado por um fio de cobre condutor revestido por um material isolante, e ainda rodeado por uma blindagem.


a popularidade destes cabos está na sua resistência, sendo um cabo blindado e que auxilia contra interferências eletromagnéticas.

Vantagens
 Vantagem deste cabo é que apenas um cabo, funcionava tanto para a televisão (vários canais de TV), quanto para a Internet.  Isso era possível através existe um sistema que é capaz de dividir cada um dos canais de televisão em diferentes frequências: o sistema MDF (Multiplexação por Divisão de Frequência).


Multiplexação por divisão de frequência (FDM - Frequency Division Multiplexing) - 
espectro de frequências é dividido em diversas faixasuma para cada comunicação.

Multiplexação por divisão de tempo (TDM - Time Division Multiplexing) -
 o tempo de transmissão de um canal é dividido em pequenas fracções de tempo, atribuindo-se uma 
fração a cada uma das várias transmissões que estão a decorrer ao mesmo tempo.




Cabos Coaxiais podem ser de dois tipos:
  Fino – com blindagem simples (máximo de 200 m
  Grosso – com blindagem dupla (máximo de 500 m)

 


Cabo coaxial fino: conector  BNC
Cabo coaxial grosso: Conexão com transceivers (transmiter + receiver).




  • Cabos ópticos (fibra ótica)

Os cabos de fibra óptica são constituídos por fios de vidro opticamente puro, tão finos quanto um fio de cabelo, que transmitem informação digital ao longo de grandes distâncias




    velocidade de transmissão de dados por fibra ótica pode ser até 1 milhão de vezes maior que o cabo elétrico ou coaxial.

    •  Monomodo   (velocidade e distâncias mais longas - velocidade de até 40 GB/s a centenas de quilómetros )
    •  Multimodo (velocidade máxima de um cabo é 10 GB/s,  distância de até 300m)
 








As fibras óticas são utilizadas principalmente nas telecomunicações, pois apresentam várias vantagens em relação ao uso dos antigos cabos elétricos.


Vantagens da utilização das fibras óticas:

-maior capacidade transmissão de informação ou largura de banda 
- velocidade de transmissão de dados muito maior 
- são de fácil instalação
-A matéria prima para sua fabricação, a sílica, é muito mais abundante que os metais e possui baixo custo de produção;
-Não sofrem com as interferências elétricas nem magnéticas, além de dificultar um possível roubo de sinal;
-A comunicação é mais confiável, pois são imunes a falhas;
-Ao contrário dos fios metálicos, os fios de vidro não enferrujam, não oxidam e não sofrem com a ação de agentes químicos.



Cabos de fibra submarinos fornecem um caminho para serviços de comunicação enquanto transmitem eletricidade.



4.2. Meios de transmissão não guiados (sem fios) 

A comunicação através de redes sem fios é cada vez mais utilizada. 

Vantagens 

Devido à facilidade com que se instala e se pode mudar de local, confere- lhe uma característica única: flexibilidade
É de realçar também, a maior imunidade ao ruído, a maior segurança, bem como os custos de manutenção mais baixos relativamente ao uso de cabos. 

Permite ao utilizador estar em movimento, por exemplo, com um portátil e ter sempre acesso à rede (dentro dos limites de cobertura claro). 

 

Existem diversos tipos de redes sem fios, tais como: 










As ondas eletromagnéticas estão presentes no nosso cotidiano mesmo que não consigamos visualizá-las. 










Infravermelho
 O comprimento de onda da radiação infravermelho não lhe permite atravessar a maior parte dos objetos (paredes, metal, etc), ao contrário, por exemplo, das ondas rádio (por isso conseguimos ouvir rádio dentro de casa).

 Desta forma, não é possível ter objetos a obstruir a linha de visão entre o emissor e o receptor que no máximo podem estar distância de 30 metros
Esta tecnologia é bastante utilizada em comandos de TV e em ratos e teclados sem fios (entre outros), câmaras de segurançaleitores de códigos de barras



Ondas rádio

Ondas de rádio são ondas eletromagnéticas que não precisam de meio para se propagar. Elas são utilizadas principalmente na telecomunicação.


As ondas de rádios são o tipo de radiação eletromagnética com maior comprimento de onda, ou seja, menor frequência e por isso menor energia, de todo o espetro eletromagnético.

São usadas em telecomunicações: emissões de rádio  AM e FM e de televisão 

 


 Micro-ondas

As micro-ondas são uma subcategoria do espectro de ondas de rádio, com frequências mais altas.

Estas radiações eletromagnéticas têm um comprimento de onda menor que as ondas de rádio (e por isso, maior frequência e maior energia que as ondas de rádio), com valores entre 10-3 m  a 0,3 m (frequências de 109 Hz a 3 × 1011 Hz).

As radiações micro-ondas podem ser usadas em radares, telecomunicações e em radioastronomia.
As micro-ondas são também muito utilizados como meio de aquecer ou de confecionar alimentos e routers Wi-Fi

 As redes Wi-Fibluetooth e alguns outros serviços informáticos usam as radiações micro-ondas como meio de comunicação. 

 A tecnologia Wi-Fi utiliza ondas de rádio na faixa de frequência de 2,4 GHz e/ou 5 GHz para comunicação sem fio (microondas)

O sistema de Posicionamento Global (GPS) utiliza micro-ondas para operar.
Muitos satélites de comunicação utilizam micro-ondas em suas transmissões.





CRAVAR CABOS fichas RJ45


Ferramentas para os cabos UTP
Para a operação de “cravamento” das fichas RJ45 nos cabos UTP ou STP são necessários vários instrumentos.

  • alicate de cravar os cabos UTP ou STP na ficha RJ45
  • alicate para retirar (“descarnar”) o isolamento exterior do cabo
  • ficha RJ45 para redes de computadores


Colocar os fios do cabo pela ordem certa utilizando uma das duas normas (tenha em atenção as cores dos fios):

Tabela Sequencial de Cores e Pinagem Padrão T-568A e T-568B

PinoT-568AT-568B
1Branco/VerdeBranco/Laranja
2Verde        Laranja
3Branco/LaranjaBranco/Verde
4AzulAzul   
5Branco/AzulBranco/Azul
6LaranjaVerde
7Branco/MarromBranco/Marrom
8MarromMarrom



Tipos de cabos que se podem fazer:

Normal - Para ligar um computador a um Hub ou Switch.   (mesma norma)

Cruzado ou crossoverPara ligar dois computadores diretamente um ao outro. (em cada extremidade diferentes normas)



NORMAL

Normal - Para ligar um computador a um Switch

Utilizar a mesma norma nas duas extremidades do cabo.
The transmit data (TX) and receive data (RX) signals



CABO CROSSOVER - conectar dois Computadores